Realmente, a pandemia do Covid-19 foi um divisor de águas em muitos sentidos e setores, principalmente no ambiente educacional. Mas quais seriam essas mudanças ocasionadas? Pensando em educação, em nossas salas de aula e planejamentos escolares, muita coisa mudou, a própria estrutura das aulas e o plano de trabalho dos educadores. Muitos professores ministrando suas aulas de maneira corriqueira, de forma tradicional ou implementando algumas inovações, como música, vídeos, aulas mão-na-massa, atividade explorando os diversos espaços da escola, mas nada mais ousado, como um uso de tecnologia de maneira mais expressiva. De repente, fomos pegos de surpresa por um isolamento, sendo obrigados a nos virar com aulas remotas, falar em frente às câmeras, usar plataformas até então desconhecidas, interagir com os alunos por meio dessas plataformas, anexar atividades, vídeos, fazer correções, foi uma loucura, mas conseguimos e não saímos mais dessa realidade, pelo contrário, estamos cada vez mais imersos em uma ambiente educacional repleto de meios tecnológicos.
Hoje, a cada clique, encontramos várias ferramentas e plataformas educacionais recheadas de atividades dos mais diversos assuntos possíveis, várias possibilidades de jogos e aulas interativas, prontos para serem usados ou com instruções de como editar e criar sua própria aula e atividade. O professor que queira inovar, proporcionar uma aula diferente e interativa, tem inúmeras possibilidades explorando as plataformas existentes, algumas, inclusive, com ranking de disputa entre os alunos. São plataformas que, sabendo usá-las, são ótimas aliadas do professor, auxiliando no preparo de aulas mais dinâmicas, interativas, de acordo com os anseios de crianças e jovens cada dia mais tecnológicos. Abaixo algumas dessas ferramentas:
Estes são apenas alguns dos diversos aplicativos e ferramentas educacionais que existem para auxiliar no trabalho do professor.
Outra questão muito discutida hoje e que causa muita preocupação é a plataformização da educação. Diferente das plataformas educacionais, a plataformização chegou como algo imposto, pronto, com aulas prontas para serem aplicadas em salas de aula com pouca ou nenhuma possibilidade de intervenção pelos professores, pelo contrário, estes tornaram-se meros auxiliares, monitores durante as aulas. A plataformização tirou do professor a sensibilidade que apenas este profissional tem no momento do planejamento de suas aulas, na medida em que se preocupa com as especificidades de cada aluno, seu momento e modo de aprender. As aulas já estão prontas e iguais para qualquer estudante, sem adaptações; professores e alunos são constantemente monitorados e com prazos a cumprirem. Esta realidade veio contra o que se espera do estudante do século XXI, pois não se está preparando jovens críticos e atuantes, tendo em vista que os espaços de criação e discussão em sala estão cada vez mais escassos, com aulas prontas e prazos a serem cumpridos.
Com os pontos aqui elencados, percebemos que já não conseguiremos seguir sem a tecnologia cada vez mais presente em nossas escolas; assim, cabe a nós, educadores, saber fazer um bom e melhor uso de cada uma das opções presentes, inclusive as aulas prontas apresentadas a nós, otimizando nosso tempo e sabendo usar de nosso olhar atento para as necessidades e especificidades de cada turma, cada aluno. Usar a tecnologia a nosso favor, como nossa aliada, não um problema a ser combatido.
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