Após a leitura da história acima, percebemos que Paulo Freire fica um pouco confuso com relação às novas tecnologias e o como estas podem ser úteis no processo de ensino-aprendizagem. Após uma breve explicação, ele acaba entendendo e aceitando suas contribuições e vantagens. Mas será que estas tecnologias se encaixam com as ideias de Paulo Freire?
Paulo Freire defendia uma educação crítica, na qual os indivíduos lutavam pelos seus direitos enquanto cidadãos, para haver uma sociedade mais justa. Queria cidadãos críticos, por isso, acreditava em uma educação libertadora. Criticava a educação bancária, na qual o professor era o detentor do conhecimento e entregava este para o aluno, que nada sabia. Ele pregava que tanto o professor quanto o aluno ensinam e aprendem, existe o diálogo, a comunhão de saberes.
Este grande pensador e filósofo também acreditava que não existe uma hierarquização de culturas, o que existe são saberes diferentes, que devem ser respeitados e compartilhados.
Segundo a pedagogia libertadora de Paulo Freire, estudantes e professores tornam-se sujeitos que sabem ver a realidade, refletir criticamente sobre a mesma e assumir uma postura transformadora para mudá-la. E é nesse ponto que encontramos as vantagens das tecnologias existentes, na medida em que oferecem autonomia para o estudante explorar novos conhecimentos, ter contato com diferentes culturas com apenas um clique, interagir com pessoas de diferentes lugares e, por ter essa liberdade, e com o auxílio orientador do professor, saber analisar suas pesquisas, ter criticidade ao explorar os conteúdos, ser criativo em suas atividades, ou seja, uma liberdade e autonomia conscientes.
Nosso estudante de hoje não é apenas um espectador do seu processo de aprendizagem, aquele que espera tudo pronto do outro. Ele é o protagonista do seu processo, tem mais liberdade e oportunidades de buscar o conhecimento de maneira crítica e consciente.
Simone, muito inteligente sua conexão de tecnologias e Paulo Freire... acredito que Freire teria criticas fortes sobre esse uso excessivo de tecnologias sem criticidade. Na minha opinião, cabe ao professor entender quais eram os pensamentos de Freire e conectarem com a sua realidade no meio digital, pensando que não devemos preparar o aluno de forma crítica apenas no chão de sala de aula, mas também no meio digital e na vida!